quinta-feira, novembro 12, 2009

"A nova loira do tchan... deixa ela entrar"

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Os tempos estão mudando – imagina! –, pelo menos é o que dizem. Até a nova loira do ‘tchan’, ressurgida das cinzas, desta vez foi condenada. Dizem que por pouco não houve apedrejamento em campus desfolhado. A loirinha de mini-saia foi acusada como uma madalena sem qualquer arrependimento. Afinal, arrepender-se de quê? Antes a palavra de ordem era boca da garrafa e rala coxa, shorts de laicra e top. Luz na passarela quando ela vinha, e foco maior de luz quando esta mesma voltava sacudindo o pandeirão. O perfil ideal era claro: “60 de cintura (que gostosura!), 105 bundinha (que bonitinha!), 1,70 de altura (ninguém segura!), mas que loirinha danadinha...” Agora, com o andar das novas modas, ou molduras, ao invés de abrir a roda e ‘deixar ela’ entrar, barra-se com requintes - quase ditatoriais - o ícone que nos mesmo elegemos desde os anos 90 e que ainda não perdeu seu posto de majestade (pelo menos para alguns). E como num jogo de quem mostra mais, cada qual mostra o que tem de melhor, que na verdade é o mesmo do que se tem de pior. Uns mostram as pernas, outros a pura-sincera-imaculada-benevolente – tudo junto mesmo – indignação por aquele par de pernas à mostra. Inveja? Não sei. Pudor? Só se for para me fazer rir. Aff... Mas como disseram, “os tempos estão mudando” e com isso, dali cartões vermelhos para a dana que parou um bloco inteiro. Mas sinceramente, fazer o quê? Sei que com ela nada. Adequada ela estava às molduras criadas de sensualidade gritante. Menos é mais! Talvez nós é que tenhamos nos esquecido disso e por isso devemos ser punidos. Sem Dó, nem Ré. Tão pouco piedade. Essa falsa madalena – tão falsa quanto todos nós, que se funde com a nova loira fênix do tchan, deveria era aproveitar os 15 min de fama e virar a nova capa do mês de dezembro da Playboy. Se as outras podem, por que ela não? Afinal, quem nunca teve uma mini-saia, que atire a primeira plataforma... oops pedra! Ah dá no mesmo...
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[renato ribeiro]