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I
O mar calmo, sem ondas, sem quebras. O sal continua a arder os olhos, mas a boca já se acostumou com o gosto. A transparência da água permite ver os pés afundarem suavemente na areia. Imagem distorcida assim como os pensamentos. Ambos afundam! Enquanto os olhos vermelhos vagam pelo horizonte, os pés, cada vez mais, são engolidos. É fim de tarde. Ao longe, o resfriar do sol na água morna – sem ondas; os pensamentos também. Mornos!
.
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II
Aqui, só os corredores com luzes apagadas
E o silêncio em caixas mofadas.
Faltam ventos e novos lugares!
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[renato ribeiro]
I
O mar calmo, sem ondas, sem quebras. O sal continua a arder os olhos, mas a boca já se acostumou com o gosto. A transparência da água permite ver os pés afundarem suavemente na areia. Imagem distorcida assim como os pensamentos. Ambos afundam! Enquanto os olhos vermelhos vagam pelo horizonte, os pés, cada vez mais, são engolidos. É fim de tarde. Ao longe, o resfriar do sol na água morna – sem ondas; os pensamentos também. Mornos!
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II
Aqui, só os corredores com luzes apagadas
E o silêncio em caixas mofadas.
Faltam ventos e novos lugares!
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[renato ribeiro]
5 comentários:
belas imagens, mano.
a percepção da vida cabe bem nos poemas.
paz e bom humor
walmir.carvalho.zip.net
Calmaria... são nestes momentos que nos preparamos para grandes tempestades... grandes momentos... e o mar sempre a nos representar tão bem... seja calmo, seja amargo, seja doce!
Abraços!
Renato, caixa com muito mofo voa! Experimente.
Dizer tanto em tão poucas linhas é um dom admirável.
Inspirou-me calmarias, querido!!!
Abraços.
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