segunda-feira, novembro 22, 2010

Sem imagem, apenas rotina!

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A mão já não escorre pelo papel como antes. As imagens acabaram. O coração murchou. Dentro de mim um deserto. Quase final. Notícias de jornais já não preenchem mais nada. Quero algo passional. Café forte. Olhos arregalados. Sempre. A noite mal dormida interfere na tarde chuvosa. Caio Fernando também está vazio, hoje. Suas palavras que antes preenchiam os pulmões como ar, agora sugam. Esvazia. Talvez seja a rotina das palavras. Sempre as mesmas. Não as do Caio Fernando, as minhas. Ou sensação de falta de sei lá o quê, sei lá aonde. Fragmentos... Fragmentos... Fragmentos... Busco algo que chegue a sufocar de tanto ar. Inteiro. Algo que não seja apenas aqueles dois, ou um visconde qualquer pela metade. Hoje não li o jornal. Amanhã, talvez, também não. Quando não se se reconhece por dentro, o que vem de fora parece amargo demais. Café com açúcar, sempre! E forte. Mesmo que ardam os olhos. Assim, quem sabe, muda-se a rotina das palavras. Que são poucas. Enfim... apenas rotina. Ponto final.

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[renato ribeiro]

6 comentários:

Eduardo Tornaghi disse...

Aí Renato, muito legal teu espaço, a começar pelo Quixote com Sancho. Ator, sabe que tudo é repetição. A diferença entre arte e rotina tá em fazer o "de novo" estar sempre vivo. Vivido. Sem o automático fica sempre novo.
Tudo de bom

Um brasileiro disse...

olá. tudo blz? estive por aqui. interessante. apareça por lá. abraços.

Giovani Iemini disse...

interessante.

asasd disse...

belíssimo txt!

parabéns

http://qrolecionar.blogspot.com

disse...

Lindo teu texto!

Yaa T. disse...

É o que as pessoas chaman de "branco criativo". Tá tudo aí, só que palavras não conseguem traduzir :)

Invadindo de novo... Seus posts se parecem comigo, legal isso :)