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A mão já não escorre pelo papel como antes. As imagens acabaram. O coração murchou. Dentro de mim um deserto. Quase final. Notícias de jornais já não preenchem mais nada. Quero algo passional. Café forte. Olhos arregalados. Sempre. A noite mal dormida interfere na tarde chuvosa. Caio Fernando também está vazio, hoje. Suas palavras que antes preenchiam os pulmões como ar, agora sugam. Esvazia. Talvez seja a rotina das palavras. Sempre as mesmas. Não as do Caio Fernando, as minhas. Ou sensação de falta de sei lá o quê, sei lá aonde. Fragmentos... Fragmentos... Fragmentos... Busco algo que chegue a sufocar de tanto ar. Inteiro. Algo que não seja apenas aqueles dois, ou um visconde qualquer pela metade. Hoje não li o jornal. Amanhã, talvez, também não. Quando não se se reconhece por dentro, o que vem de fora parece amargo demais. Café com açúcar, sempre! E forte. Mesmo que ardam os olhos. Assim, quem sabe, muda-se a rotina das palavras. Que são poucas. Enfim... apenas rotina. Ponto final.
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6 comentários:
Aí Renato, muito legal teu espaço, a começar pelo Quixote com Sancho. Ator, sabe que tudo é repetição. A diferença entre arte e rotina tá em fazer o "de novo" estar sempre vivo. Vivido. Sem o automático fica sempre novo.
Tudo de bom
olá. tudo blz? estive por aqui. interessante. apareça por lá. abraços.
interessante.
belíssimo txt!
parabéns
http://qrolecionar.blogspot.com
Lindo teu texto!
É o que as pessoas chaman de "branco criativo". Tá tudo aí, só que palavras não conseguem traduzir :)
Invadindo de novo... Seus posts se parecem comigo, legal isso :)
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